A primeira coisa é saber separar o que é impotência sexual do tipo biológica e do tipo emocional. (Terapeuta, se você não sabe é importante se atualizar, isso é o tipo de coisa que você precisa saber).
A depender de qual seja a abordagem, alguns psicólogos têm uma postura um pouco mais reservada, mas quando se trata de questões sexuais, o terapeuta deve abrir um diálogo claro com o seu paciente.
É importante abrir um espaço para que falar de sexo seja fácil para o paciente. Não nomear as coisas muito formalmente pode ajudar. (Chamar pinto de pinto, cu de cu ou o nome que o paciente der).
Não tenha medo de entrar nesse assunto com o paciente, possivelmente, ele vai estar mais nervoso que você. É comum que os pacientes contem sobre isso logo na primeira sessão e depois tentem mudar de assunto. Ajude esse paciente a olhar pra isso de frente.
É importante que o terapeuta resista a tentação de ficar falando só do sintoma sem olhar para aquilo que é a causa. O brochar não começou no sexo, possivelmente, está ligado a outros aspectos da história da vida dele. Olhe para eles!
Lembre-se que o paciente que está impotente no sexo precisa resgatar a sua potência como um todo. Ajude esse paciente a explorar os lugares de potência vividos anteriormente, não necessariamente no sexo.
Às vezes, esse paciente era muito bom em fazer arte, por exemplo, e nunca mais fez, porque a vida ficou corrida. Que outros lugares ele também brochou além do sexo?
No final das contas, ajudar o paciente que está brochando é igual ajudar com qualquer outro sintoma. É preciso focar no paciente, não no sintoma. Então, busque entender esse sintoma a partir da construção de identidade e de experiências que esse paciente viveu.
É claro que não dá para encerrar um assunto tão extenso aqui, essas são só algumas dicas. Mas, se você quiser se aprofundar no tema tem o meu curso “Brochar: causas, consequências e soluções”.
E aí terapeuta, tem mais alguma dica para acrescentar? Coloca aí nos comentários pra gente trocar experiências.
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