Quando um paciente chega diante de nós com algo que para ele é vergonhoso, a primeira coisa que acredito que devemos fazer é transformar a impotência na potência dele.
Então, vamos imaginar um paciente que tem vergonha da sua sensibilidade, por exemplo. Imagine que esse paciente foi zuado por se sensível e sinta vergonha de ter essa característica.
O primeiro passo mais assertivo é ressignificar os lugares de vergonha. Por exemplo, se na adolescência ele se apaixonou por uma pessoa e se declarou para ela.
O terapeuta pode apontar como é corajoso escrever uma poesia para alguém, como é corajoso falar de sentimentos de um jeito vulnerável, como é corajoso se encontrar.
Aquela coisa que ele passou a vida inteira sentindo vergonha, pode ser exatamente o motivo pelo qual ele é valoroso.
O terapeuta também pode perguntar para o paciente outros momentos em que essa mesma característica o fez sentir orgulho.
Outra coisa que o terapeuta pode fazer é relembrar alguma história que o paciente já tenha contado e que nem percebeu que aquilo aconteceu por conta da sua sensibilidade, e o terapeuta mostrar pra ele coisas que ele não viu e que a sensibilidade dele se mostrou como potência.
É claro que, nessa postagem eu estou usando o exemplo da sensibilidade, mas você pode substituir por homossexualidade, por características que são consideradas como defeitos, por características físicas...
E todas as coisas pelas quais alguém pode sentir vergonha, podemos trabalhar desse jeito: transformando impotências em potências e mostrando como isso faz parte de quem a pessoa é e pode ser celebrado como potência.
Conta aí terapeuta quais outras dicas para ajudar os pacientes a superar a vergonha? E vamos compartilhar ideias e vivências.
E se você quer aprender mais como ajudar o seu paciente de um jeito prático, lá na minha bio tem o link para o curso “Homossexualidade no Consultório”, com mais de sete horas de um olhar preciso que pode te ajudar a atender seus pacientes gays de um jeito muito mais potente.
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