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Autenticidade x Adequação no Consultório


Às vezes, o paciente fazer o que é socialmente adequado é justamente a causa do seu sofrimento.


Por isso, é importante que o terapeuta incentive o paciente a buscar a própria essência e tentar viver como ele realmente é.


Por exemplo, um homem quer fazer sexo com outras pessoas, mas não quer magoar a sua esposa, nem que o seu relacionamento termine.


Sua esposa, por outro lado, quer um casamento monogâmico, ela não sente desejo sexual por outras pessoas e quer que seu marido seja fiel a ela.


É justo o marido renunciar ao seu desejo só porque a esposa não quer que ele faça sexo com outras? Ou é justo a esposa abrir mão do seu desejo de ter um casamento monogâmico só porque o marido quer transar com outras pessoas?


Quais seriam as possíveis soluções para o casal? Abrir a relação? Se separar? Mentir um para o outro? Aqui poderia haver diversas possibilidades.


Mas, o terapeuta não deve tomar um lado, não cabe a ele definir o que é certo ou errado. Ele pode no máximo ajudar o paciente a pensar o que seria melhor ou pior para ele, ou o que traria mais ou menos sofrimento.


O terapeuta pode achar um absurdo um relacionamento aberto ou achar que monogamia não funciona ou qualquer outra coisa, mas suas crenças devem estar claras para que elas não afetem seu julgamento.


Afinal, o paciente não deve se adequar ao que o terapeuta ou a sociedade acredita. Nós temos é que ajudar o paciente a encontrar o seu caminho e fazer as melhores escolhas para a própria vida.


Terapeuta, tem mais alguma dica de como podemos ajudar o nosso paciente a ser mais autêntico e parar de tentar se adequar sempre ao que o outro espera dele? Coloca aí nos comentários.


E se você tem algum paciente gay que precisa curar feridas, ser mais consciente e autêntico, mostre para ele os espaços em que ele pode viver isso, como a minha Comunidade Gays Conscientes.


Bjpro6

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