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A existência do terapeuta no setting


Muitos psicólogos têm uma ideia de que precisam ser neutros na clínica, que o paciente vai até o consultório para encontrar com ele mesmo e não com o terapeuta.


Por essa visão, o terapeuta é inexistente, neutro, não tem opinião, não sorri... Mas, há uma outra perspectiva, quando o terapeuta fica vivo no consultório, com personalidade e opinião.


E muitos terapeutas acham que um terapeuta assim é ruim, porque pode acabar influenciando o paciente.


Porém, eu quero trazer uma outra perspectiva: o terapeuta existir de um jeito autêntico no consultório pode dar ao paciente a chance dele se diferenciar.


Explico: o paciente pode conhecer o pensamento do terapeuta, durante o processo terapêutico o terapeuta pode ajudá-lo a construir suas próprias ideias, e o paciente pode perceber que mesmo tendo pensamentos distintos eles conseguem permanecer.


Isso aumenta a potência do paciente, que percebe que ele não precisa ser igual ao terapeuta para existir.


Que é possível existir sendo ele mesmo, na presença de alguém que discorda dele, sem ele precisar romper ou ser destruído por essa relação.


Alguns pacientes precisam se encontrar com eles mesmos, outros pacientes precisam se encontrar com o terapeuta inteiro, vivo, e nesse encontro ele pode se diferenciar e passar a existir.


Outros pacientes podem precisar das duas coisas. Mas, o mais importante é reconhecer que o encontro com o terapeuta real pode ser, inclusive, fundante para uma experiência autêntica desse paciente.


Sei que o assunto é polêmico e cabe muitas interpretações, por isso, conta aí nos comentários o que pensa sobre o tema!


Bjpro6


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