Existem boas mães, e se você teve a sorte e o privilégio de ter tido uma boa mãe, que bom para você! Mas, não é porque a sua mãe foi boa, amorosa e atenciosa, que a de todo o mundo também foi assim.
Se você não teve a mesma sorte e não teve uma boa mãe, você não precisa se sentir obrigado a amá-la. Sim, está tudo bem se você não sente vontade de estar com a sua mãe, de conviver ou de falar com ela.
Se a sua mãe não foi uma boa mãe, se ela não construiu com você uma relação verdadeira de amor, você não deve absolutamente nada para ela, não se sinta culpado por isso.
Algumas pessoas até podem questionar: “Ah, mas ela é sua mãe, ela te deu o dom da vida!”. Mas, a gente não pode passar uma vida toda exaltando alguém só porque ela fez sexo com outra pessoa. Quantas pessoas fazem sexo o tempo todo?
Fazer sexo não torna ninguém uma boa mãe. Existe uma cultura de exaltação da maternidade, como se mãe fosse santa, sagrada e perfeita. Mas saiba, existem mães que são violentas, abusivas, destrutivas e perversas com os seus filhos.
Ser mãe, a maternagem, é um processo de dedicação, de entrega, muitas vezes, de renúncia de si mesma para com o outro. Algumas mulheres fazem isso com grande maestria, mas algumas mulheres se recusam a exercer esse papel. Deixam os seus filhos para outras pessoas cuidarem, são mães violentas, pouco afetuosas e nada cuidadosas.
E é uma grande dificuldade quando você teve uma mãe terrível, ter que ficar justificando para todo mundo que passa em sua vida, que você não se relaciona com a sua mãe porque ela não merece, porque ela não foi uma boa mãe.
Então, não se sinta obrigado a amar quem não te amou. E não se sinta obrigado a amar, quem te amou com amor perverso. Estou aqui para aliviar esse fardo sobre você! Está tudo bem se você quer se manter distante dessa relação que não te faz bem.
Neste Dia das Mães deixo aqui essa reflexão sobre a obrigação do amor. Não, você não é obrigado a amar ninguém, nem mesmo a sua mãe.
Espero que você tenha a sorte de ter uma mãe incrível e de estar celebrando ao lado dela no dia de hoje.
Mas, se você não teve uma mãe tão incrível assim, não se culpe! Você não é obrigado a amá-la!
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