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Você tem sempre os mesmos problemas nas suas relações? A psicologia explica porque:

Atualizado: 16 de mar. de 2019


Imagina a seguinte cena: uma mulher se separa do seu marido por ter sido traída, passa um tempo solteira, conhece um outro homem que parece ser legal, eles começam a namorar e tudo está indo bem até que alguns meses depois ela descobre que está sendo traída novamente.


Você já passou por algo parecido?


Pode ser que não seja uma traição, mas uma mesma briga que se repete nas diferentes relações, o mesmo problema sexual, de comportamento ou até mesmo emocional.


Vou te contar o que pode estar acontecendo:


1 – Você está produzindo o problema:


Você já ouviu falar de profecia auto-realizadora? É quando uma pessoa acredita tanto que uma coisa vai acontecer que ela acaba contribuindo para que aquilo realmente aconteça. Vou te dar um exemplo: imagina um homem que acha que as mulheres “não prestam” e que estão sempre desejando outros homens. Em cada namoro que ele começa, ele fica o tempo todo (sem perceber, pois é um comportamento inconsciente) mostrando para a sua companheira os “maravilhosos” homens ao seu redor. Às vezes a namorada nem havia percebido a presença de outros homens, mas lá está ele falando:“gostou dos músculos dele?”


Assim, aos poucos e sem perceber, ele vai direcionando a atenção dela para aquilo que ele não quer que ela olhe.Pode ser que ele desperte nela um desejo que ela nem tinha. Além disso, ele fica agressivo quando imagina que ela está olhando para outros homens, o que só faz com que ela perca cada vez mais o interesse e admiração por ele, o que contribuirá para a decisão dela de traí-lo, concretizando a profecia que ele mais temia.


Não estou de maneira nenhuma defendendo o comportamento de infidelidade, apenas dizendo que o marido ajudou a produzir o desejo que culminou na traição.


Dica: Você deve perceber quais são as profecias auto-realizadoras que você costuma nutrir e abrir mão delas antes que você monte o cenário para que elas aconteçam.


2- Você inventa as pessoas com quem namora:


Sabe o que é projeção? De forma simplificada a gente projeta (como um aparelho de projeção de parede mesmo) no outro o que está dentro de nós (Para saber mais:"vamos aprender o que é projeção"). Então você quer tanto uma namorada que seja inteligente, companheira e divertida, que quando vê uma mulher disponível, antes mesmo de dar a chance dela se apresentar como realmente é, já acredita que ela será aquela pessoa projetada por você. Você conta piadas, ela ri e você acredita que ela é muito divertida, você fala de coisas que são interessantes para você, ela ouve e você acredita que ela é que é interessante. Quando o tempo passa e a projeção vai dando lugar à pessoa real, você vai vendo que na verdade nem teve a chance de deixar que ela se apresentasse, pois estava tão fixado na ideia de que aquela pessoa era “a” pessoa que não conseguiu ver nada além da sua própria projeção.


Dica: Diminua a expectativa e deixe a pessoa se apresentar de forma real. Se ela ou ele parece ser muito maravilhoso, desconfie que você pode estar projetando. Lembre-se que pessoas reais são compostas por qualidades e defeitos.


3- Você busca por um perfil:


Às vezes temos a tendência de arrumar relacionamentos com pessoas com um perfil muito parecido. Nossos companheiros ou companheiras são todos muito passivas ou muito agressivos, falam demais ou são quietas demais, são muito sensíveis ou distantes e frios...Mas todos parecidos em alguma coisa.

Você tem necessidades e desejos que estão inconscientes e justamente por não entendê-los com clareza você pode acabar refém das repetições.


Imagina um homem hétero muito tímido que só namora mulheres expansivas. Ele pode achar que é coincidência, mas na verdade ele escolhe aquelas que ocupam muito espaço, assim ele pode se esconder atrás delas em eventos sociais. Ou então um homem gay muito inseguro sobre sua própria masculinidade e só se vincula com outros homens muito mais frágeis do que ele. Ele pode até achar que só os mais delicados se atraem por ele, mas na verdade ele busca esse perfil para se sentir mais másculo em comparação ao namorado.


As mulheres não ficam atrás. Você já teve ter tido uma amiga que só gostava de homens “cafajestes”. Muitas vezes ela acredita que tem o dedo podre, mas na verdade nutre o desejo de ser a salvadora, aquela que “vai dar um jeito no homem”.


Todos esses comportamentos costumam estar diretamente ligados a experiências da primeira infância. Se você é como a mulher que gosta do “cafajeste”, olhe pra sua infância, pode ser que você tenha tido um péssimo pai e por isso sonha em “salvar” esse pai simbólico e transformá-lo num homem “de valores”. Ou você, como o homem tímido, pode ter tido uma mãe que nunca enxergou o seu valor, então você mesmo não acredita em si. E assim vai...


Dica: É claro que todas essas explicações são hipotéticas, pois cada um tem sua própria história. Se pra um o motivo de gostar de mulheres expansivas é a falta do olhar da mãe, para outro foi justamente o excesso de cuidado que o fez ficar assim. É muito importante você conhecer sua própria história para conseguir identificar que perfil está buscando inconscientemente, que história de vida seus relacionamentos estão repetindo.


Como quebrar o ciclo:


Você quer parar com as repetições desastrosas dos seus relacionamentos? Desculpe te dizer isso, meu querido leitor, mas a única forma real que eu conheço é fazendo um profundo mergulho de autoconhecimento.


Sem saber de onde vêm os seus padrões, seus medos e suas projeções, você estará condenado a continuar repetindo.


Você precisa investir no seu processo de autoconhecimento, o que pode ser feito através de psicoterapia, de práticas de cuidado de si e muitas experiências de aprofundamento em você mesmo.

Se você entende que já chega de repetições nas suas relações, eu tenho um convite para você... clica aí para conhecer o "Mergullho": https://www.caiograneiro.com/mergulhopessoal


Eu desejo que você se liberte dos seus padrões ruins e que consiga relacionamentos super saudáveis, que te tragam muita felicidade!


Um abraço e te vejo na próxima!

Psicólogo Caio Graneiro

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