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O suicídio na comunidade LGBTQIA+


Dados da Organização Mundial da Saúde revelam que em 2019 mais de 700 mil pessoas morreram por suicídio no mundo, sendo a quarta principal causa de morte entre jovens com idade entre 15 e 29 anos.


No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, são registrados cerca de 12 mil suicídios todos os anos.


O suicídio é um problema que vem preocupando os profissionais de saúde em todo o mundo. Mas, quando falamos dos jovens LGBT, a questão é ainda mais alarmante.


Pesquisas internacionais revelam que jovens LGBT consideram seriamente o suicídio quase três vezes mais que os jovens heterossexuais e têm quase cinco vezes mais chances de tentar o suicídio em comparação aos héteros.


Outro estudo mostrou que 40% dos adultos transexuais relataram ter feito uma tentativa de suicídio e 92% deles tentaram antes dos 25 anos.


No Brasil, os dados são escassos, mas desde 2016 o Grupo Gay da Bahia (GGB) inclui o suicídio em seu relatório de “Mortes Violentas de LGBT+ no Brasil”. Naquele ano, foram 26 registros, contra 100 casos em 2018, um aumento de 284% no período.


Simplesmente ser quem se é exige muito da saúde mental e emocional da pessoa LGBT, que tem que lutar diariamente contra os estigmas, preconceitos, violência, a rejeição da família, dificuldades em fazer amizade, em conseguir emprego...


Tanto que um estudo realizado pelo The Trevor Project (uma das maiores organizações do mundo que atuam na prevenção do suicídio LGBT) mostrou que a existência de um adulto que o acolhesse diminuiria em 40% a chance de uma tentativa de suicídio de um jovem LGTB.


Por isso, é importante falarmos amplamente sobre o assunto, buscarmos maneiras de diminuir o preconceito e a violência e, principalmente, sermos escuta e acolhimento para os que vivem em angústia e precisam de ajuda.


Hoje, no dia Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, quis trazer alguns dados e abrir o meu Insta para falarmos sobre esse assunto tão sério e que precisa ser amplamente discutido pela sociedade e pela comunidade LGBT, para que juntos a gente possa pensar em soluções para diminuir o preconceito e a violência, em como ajudar esses jovens a se conhecerem e terem orgulho de quem são, para que eles possam superar todo o sofrimento e construírem novos processos.


E para quem quiser se aprofundar no assunto, deixo aqui os estudos e referências que usei para montar o post:


Sexual Identity, Sex of Sexual Contacts, and Health-Risk Behaviors Among Students in Grades 9-12: Youth Risk Behavior Surveillance. Atlanta, GA: U.S. Department of Health and Human Services.


James, S. E., Herman, J. L., Rankin, S., Keisling, M., Mottet, L., & Anafi, M. (2016). The Report of the 2015 U.S. Transgender Survey. Washington, DC: National Center for Transgender Equality.


IMPACT. (2010). Mental health disorders, psychological distress, and suicidality in a diverse sample of lesbian, gay, bisexual, and transgender youths. American Journal of Public Health.





Bjpro6

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