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Não te deixavam dançar na boquinha da garrafa e agora você não para de sentar


Quem aqui no meu Insta foi um menino gay dos anos 90, na época que o ‘É o Tchan’ fazia muito sucesso? Aposto que, assim como eu, você também teve vontade de dançar na “boquinha da garrafa” e de usar o seu corpo de forma livre. E, muito provavelmente, foi impedido pelo seu pai, mãe, tia, professora...


E enquanto as meninas dançavam as coreografias de axé e os meninos estavam lá brincando de lutinha, eu e você queríamos dançar e não podíamos, e isso gerava em nós uma sensação de não ter um lugar de pertencimento.


Aí a gente cresce, começa a entrar na vida adulta, a nossa sexualidade aparece com força e qual é o primeiro lugar que a gente se sente pertencente? No espaço da sexu@lidade. Só ali a gente consegue se sentir querido, desejado, pertencente.


Só que tem um problema aqui, um adolescente que não é gay, ele vai primeiro beijar na boca, vai ter a namoradinha, entre o sex@ e a experiência de pertencimento tem um espaço, primeiro ele se sente pertencente, primeiro ele troca, primeiro ele tem os amigos e depois ele chega no sex@.


Já o menino gay, muitas vezes, descobre o pertencimento, o afeto, a troca junto com o sex@ e aí fica internalizado pra ele (de forma inconsciente, claro) que só vai conseguir essas coisas por meio do sex@.


E como resultado temos muitos homens gays usando o sex@ de forma compulsiva, porque estão desprovidos de afeto. E isso é muito ruim, porque nem sempre quem vai tr@nsar com você, vai querer olhar na sua cara no dia seguinte.


Se a gente não aprende a desenvolver outros repertórios de encontro, de amizade, de pertencimento, a gente pode cada vez mais buscar isso por meio do sex@ e nunca encontrar. E isso vai se transformando em um sentimento de vazio, e quanto mais a gente faz, mais no vazio a gente fica.


Então, a gente precisa encontrar ferramentas de pertencimento que nasçam de outro lugar. Assim como um adolescente consegue pertencer por meio do jogo, da música, do futebol, da dança, de um ídolo...


Infelizmente, muitos homens gays não aprenderam a encontrar outros espaços de pertencimento e, se esse é o seu caso, é importante você procurar ajuda. E a terapia sempre é uma ótima opção. Se precisar de auxílio para encontrar um bom profissional, me envia uma mensagem ou deixa um “eu quero” nos comentários.


Já tinha parado para pensar que a sua compulsão por sexo pode ser falta de afeto, de pertencer a um grupo ou um lugar?


Se você sente dificuldade de criar vínculos e pertencer a espaços que não seja no campo das relações sexu@is, a terapia pode te ajudar a construir esses novos espaços de afeto e amizade. Se precisar de ajuda para encontrar um bom profissional, deixa um “eu quero” aqui nos comentários que te indico um ótimo terapeuta.


Bjpro6

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