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Contei para o meu namorado que entrava no Grindr


Eu sou o João e esta é a minha história de compulsão com o Grindr...


Sempre que estava angustiado entrava no Grindr para transar, sempre que estava triste entrava no aplicativo e acabava me expondo, fazia sexo sem camisinha e etc...


Eu me sentia rejeitado, me sentia sem valor e tinha uma sensação de que se alguém descobrisse que fazia isso, seria mais um motivo para eu não ser amado. A verdade é que eu tinha muita vergonha da minha compulsão.


Mas, com o processo terapêutico comecei a ser encorajado a revelar isso aos meus amigos, como forma de aproximação deles e para criar uma rede de apoio.


Durante esse processo, arrumei um namorado e tinha certeza de que se ele descobrisse a relação pouco saudável que eu tinha com o Grindr, ele poderia terminar o namoro comigo. Por outro lado, também não queria continuar mentindo, nem escondendo coisas do meu amor.


Muito encorajado pela minha rede de apoio e pela terapia, tive uma conversa franca com o meu namorado, contei sobre a minha compulsão e que precisava de ajuda. Meu namorado entendeu e me ofereceu apoio.


Um dia, em uma crise de angústia, entrei no aplicativo e fui contar para o meu namorado, tendo certeza de que seria o fim do nosso namoro. Mas, além de não terminar comigo, ele me deu colo e tentou me ajudar a entender o que eu estava sentindo.


A partir desse encontro, todas as vezes que tinha algum movimento compulsivo eu contava para o meu namorado, recebia apoio dele e as crises de angústia foram diminuindo, até que chegou a um ponto que deixaram de acontecer.


Porque todas as vezes que eu conversava com o meu namorado, eu encontrava afeto e acolhimento, e era justamente essa a resposta que eu precisava.


Eu consegui lidar com as minhas próprias dores e angústias, não tive mais vergonha de falar do assunto e tive apoio e afeto da minha rede de proteção.


João teve coragem de encarar seus medos e angústias, coragem de se abrir com os amigos, de criar uma rede de proteção e ser sincero com o seu namorado, para assim, conseguir superar a compulsão.


Não é fácil, pessoal! Mas, é um caminho possível!


E você, está disposto a se abrir e a procurar ajuda como o João?


Bjpro6

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