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A síndrome do Bonzinho!

Atualizado: 25 de mar. de 2019



Você é bonzinho?


Para a psicologia a única diferença entre aquela pessoa que ajuda o outro por livre e espontânea vontade e aquele que ajuda porque espera algo em troca é que, no primeiro caso, o desejo de algo em troca está inconsciente. Esse algo em troca pode ser reconhecimento, sensação de ser uma pessoa de valor e em muitos casos desejos de ser amado.


Se você é “Bonzinho” pode ser que esteja buscando amor através do que você faz e não daquilo que você é. Em nome desse desejo de ser amado, você tem dificuldades de dizer não, acaba fazendo coisas que não gostaria, ri de coisas que não acha graça e quando expõe sua opinião, fica com sentimento de culpa por medo de que alguém não tenha gostado.


A máscara


Normalmente você até passa uma aura introspectiva, que tem uma boa convivência com todos, mas, na verdade você só está tentando resolver a própria insegurança, se certificando o tempo todo que não está sendo odiado por alguém.


É muito desgastante ficar o tempo todo fazendo esse papel, mas inconscientemente você acredita que é muito pior perder o amor das pessoas.


Se você é supostamente solicito e generoso, mas, na verdade, está mais preocupada em ser amado do que com os outros de fato, posso dizer que você é um “narciso tímido”.


O narcisista tímido é aquele que está sempre preocupado com sua vaidade, orgulho e imagem, mas justamente por ser uma pessoa “boazinha” ou “retraída”, passa despercebida a olhos não treinados.


Como seu psiquismo está sempre em alerta e sobrecarregado, é comum que você solte sua agressividade contida em parentes e pessoas mais próximas.


Não existe um equilíbrio em suas atitudes, então precisam de válvulas de escape, podendo ter problemas de saúde e entrando em vícios, como álcool, comida, etc.


Mas como você pode melhorar?


Teoricamente basta a pessoa soltar o que pensa sem se preocupar se está agradando ou não, correto? Não é tão simples assim!


Se você se identificou com as características do “bonzinho” provavelmente é assim desde sua infância. Isso começa lá atrás, quando o ambiente e as pessoas do seu convívio eram hostis e você precisou se esconder nessa “máscara” para sobreviver.


É como se você tivesse aprendido que a única forma possível para conseguir amor fosse se adaptar ao outro e ao ambiente. Acredite, isso nasceu por um desejo legítimo de ser amado e um sofrimento por não encontrar esse amor sendo quem você é.


Minhas própria experiência:


No início da minha fase adulta percebia que a minha máscara de “bonzinho” me trazia mais sofrimento do que benefícios.


Fiz anos de terapia até me dar conta de como ser “bonzinho” era uma busca por amor e que essa busca estava sendo feita de forma errônea.


A única forma de eu me sentir realmente amado era abrindo mão desse personagem e sendo eu mesmo em minha autenticidade.


Precisei (e ainda preciso) de muita coragem para abrir mão dos ganhos por ser “bonzinho”e me autorizar a seu “’EU”. Um processo de autoconhecimento me ajudou muito a me re-conhecer e me ver mais potente.


Se você, assim como eu, deseja resgatar sua autenticidade e não ficar mais refém desse papel de “bom moço”, você precisa conhecer o Mergulho.


Acredite, é melhor estar bem com sua própria consciência do que com o que os outros pensam! Você não precisa mais viver preocupado se alguém vai odiar sua opinião, discordar das suas ideias ou simplesmente não gostar de quem você é.


Eu espero, sinceramente, que você consiga encontrar-se com você mesmo e assim viver de forma mais autentica.


Um abraço,

Psicólogo Thiago Mendes

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