Nos dias de hoje, quem não usa celular no cotidiano faz parte de um selete e reduzido grupo de pessoas. Mas para a outra grande e imensa parte, quais os efeitos que podem ocorrer no uso demasiado da tecnologia móvel?
Pesquisadores da Universidade do Arizona estão estudando os efeitos que os smartphones têm sobre relacionamentos pessoais.
"Este é realmente um grande período crítico de autoanálise em termos de como estamos interagindo com nossos telefones e como queremos interagir e o que está acontecendo conosco em virtude de nossos aparelhos", disse David Sbarra, professor de psicologia da UA, que dirige o Laboratório de Conectividade social e saúde.
Sbarra analisa as interações pessoas e a saúde dos indivíduos nos últimos 15 anos. Ao longo do tempo, ele disse que ficou cada vez mais interessado no papel dos aparelhos nos relacionamentos.
O profissional junto com colegas da Wayne State University recentemente fizeram uma revisão de uma pesquisa conhecida como "technoference", e em breve publicará em uma revista do setor.
De acordo com o artigo de revisão, technoference é qualquer forma de como o uso do smartphone pode interferir ou intrometer-se em interações sociais diárias. Sbarra disse que o campo de estudo mudou drasticamente apenas nos últimos cinco anos, período onde a tecnologia dos aparelhos avançou, e a conexão, melhorou.
"Para construir laços sociais e garantir a adaptatividade evolutiva dos seres humanos, tínhamos desenvolvido em uma psicologia que nos fazia muito sintonizado um com os outros", disse Sbarra.
Essas adaptações de como conversamos por meio de mensagens eletrônicas, estão nos algemando o tempo todo, afirma o psicólogo.
Isso não é necessariamente um problema, disse Sbarra, mas pode ser se ele provoca conflito em relacionamentos ou distrai as pessoas no momento de dialogo presencial, o que pode gerar problemas. No entanto, isso depende de cada individuo.