Quem nunca remexeu pelo menos o pezinho ao som do "É o tchan" não estava vivo nos anos 90. Mas será que o famoso refrão "Pau que nasce torto, nunca se endireita" é uma verdade?
Será mesmo que é impossível mudar algo em você, que te acompanha desde de muito pequeno?
Vamos pensar juntos sobre o assunto!
Você sabe quem realmente é?
Desde a infância, características vão sendo atribuídas pelos outros para definir a personalidade de cada um. Criança birrenta, chorona, malcriada, mimada, tímida, adolescente problemático, rebelde, adulto ciumento, estressado, ansioso, deprimido... a lista não pára de crescer.
Sem perceber, você se torna como um produto da prateleira do supermercado, cheio de rótulos. Boas ou ruins, essas sentenças vão se tornando verdades absolutas. Mas será mesmo que você sabe vai além desse amontoado de palavras?
Não é fácil enxergar através de tantos estereótipos, mas é possível filtrar quais adjetivos fazem sentido e quais não fazem.
Você é definido por padrões de comportamento
Quem nunca ouviu ou disse uma frase como "Eu sempre fui assim" ou "Eu sou assim"?Parecem frases carregadas de uma suposta certeza sobre si. Ao mesmo tempo, "sempre" parece tempo demais.Será que posso dizer que 'sempre' fui de determinada maneira?
Ter sido de um jeito não significa ter que continuar sendo assim.Não estou dizendo que mudar certos padrões de atitudes e pensamentos é fácil, mas se há desejo de mudança, é possível pensar em alternativas baseadas em escolhas mais autênticas.
Você evolui constantemente
Pare e pense como você era no passado. Você consegue lembrar de uma situação que viveu, ou de uma atitude que teve e se pegou pensando que se fosse no presente agiria diferente? Já se lembrou de um ex-namorado e pensa como foi capaz de se apaixonar por ele? Ou então já se deu conta de algum erro cometido, mas que no passado parecia fazer muito sentido?
Eu já. Penso então, que é possível analisar a vida como um processo de construção de conhecimento contínuo.
Pense bem, você não deve ser exatamente a mesma pessoa que era há cinco anos. Por mais que possa haver apenas alguma mudança pequena, aposto que há. Pense a curto prazo também: hoje você é igual ao que era há um mês? Ou há uma semana?
Reconhecer as mudanças que ocorrem na vida é essencial para perceber o quanto estamos crescendo.Volto a perguntar: Será que pau que nasce torto nunca se endireita?
Acredito que depois de refletir, talvez você possa pensar de outra forma a respeito das mudanças. Mas a partir disso surge outro questionamento: como promover mudanças? Como evoluir?
Autoconhecimento = mudança
A partir do conhecimento da minha própria história de vida é possível enxergar quais tipos de atitudes, por exemplo, me fazem mal, e quais características são necessárias aperfeiçoar.
Uma das vias de descobertas sobre aí mesmo é o processo terapêutico, que possibilita uma ampliação da visão tanto do mundo interno quanto externo.
Na minha experiência pessoal, passei por momentos nos quais me vi tão presa a rótulos e a modos de ser que cheguei a pensar que talvez não houvesse alternativas de mudança, que o que havia nascido torto não se endireitaria, como diz a música. Ao longo do tempo, fui aprendendo que é possível mudar a partir do momento em que me conheço melhor, além de estar mais forte e disposta a aceitar o que não é passível de mudança.
Não foi fácil me despir dessas centenas de sentenças que me foram atribuídas e que aceitei por tanto tempo, mas é possível descobrir o que existe em mim além delas.
Enxergo na minha própria vida mudanças que fui capaz de realizar, por meio de reflexão e do meu próprio processo terapêutico, mas reconhecia a necessidade de certas mudanças que ainda eram necessárias. Participei de um processo terapêutico intenso que me possibilitou expandir meu conhecimento sobre mim.
Através de um mergulho em experiências de conhecimento, pude entrar em contato comigo mesma e traçar novos passos na minha jornada de mudanças pessoais.
Se você, assim como eu, se vê em um momento no qual há a necessidade de certas mudanças e de se desprender dos rótulos colocados sobre você, te convido a conhecer um pouco mais sobre o Mergulho e se você estiver disposto a mergulhar em si mesmo e ser autor das suas próprias mudanças, podemos estar juntos nesse processo de descobertas!
Abraço,
Psicóloga Myrella Raisner
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