Na última semana, um Boeing caiu na Etiópia matando 157 ocupantes. O modelo é o 737 Max, sendo o segundo desta série que se envolveu em acidentes.
As aeronaves deste tipo foram proibidas de voar em diversas partes do mundo, inclusive a brasileira Gol trocou aviões que fariam rotas da empresa.
A notícia se soma a diversas outras amplamente divulgadas pela mídia que alimentam o famoso medo de voar. No entanto, o temor se mostra irracional no ponto de vista estatístico.
2017 foi considerado o ano mais seguro da aviação, onde foi ZERO o número de óbitos em voos comerciais. Já no Brasil, foram 50 mil mortes no trânsito naquele mesmo ano.
Mas o que psicologia fala sobre este medo?
Segundo a psicóloga Marie-Claude Dentan, coautora do livro "Comment ne plus avoir peur en avion" (Como não ter mais medo de avião), a grande questão dos transportes aéreos é o "fator desconhecido".
"Nós temos medo do desconhecido...o avião é o meio de transporte mais recente, portanto o menos conhecido.", afirma a profissional em um artigo publicado pelo site Huffpost Brasil.
Ela sita procedimentos que são adotados durante as viagens pela tripulação e aeronave, e que quase sempre suas causas são desconhecidas pelos passageiros, mas bem observados por quem está quase que em pânico nos ares.
"Entre os temores citados pelos passageiros, o de ver os reatores pararem em pleno voo", cita Dentan. Neste caso, os motores apenas estão reduzindo sua potência, quando atingiram, por exemplo, altitudes que não necessitam de tração.
E os centenas de mortos?
A psicóloga conta que a notícia da morte de centenas de pessoas de uma só vez, assusta os amedrontados, e que quase sempre não sobra sobreviventes para contar história.
"Mas esquecemos com frequência que os acidentes de avião de carreira são muito raros", cita a estudiosa.
O melhor caminho, segundo Dentan, é comprar a passagem, fazer as malas e embarcar no avião. Ou relaxar e gozar, como diria uma ex-ministra e prefeita. "É um mecanismo conhecido na psicologia: quanto mais você evita uma coisa, maior é o medo dela", finaliza a psicologa.
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