O nosso trabalho no consultório é um trabalho duro. Muitas vezes, a gente precisa dizer coisas que ninguém diz e sustentar aquilo com o paciente.
O problema é que muitos terapeutas quando fazem uma intervenção mais dura ficam com tanto medo do paciente abandonar o consultório ou ter raiva deles, que não sustentam seus confrontos.
e a gente confronta e depois volta atrás, passamos para esse paciente a sensação de instabilidade. De que aquilo que a gente disse não é bem aquilo, que não estamos seguros no nosso lugar.
Se o seu paciente precisa de um confronto e você não sustentar o confronto que achou necessário fazer, vai atrapalhar o desenvolvimento do seu paciente.
Pensa comigo, tem coisas que ninguém nunca vai ter coragem de dizer para ele e se você teve coragem para dizer, você precisa ter coragem para sustentar.
Os confrontos no consultório, muitas vezes, são aquilo que fazem com que o paciente avance. Aquilo que faz com que o paciente enxergue verdades que são muito duras para ele.
E não basta confrontar, você precisa sustentar. Sustentar a raiva que o paciente pode ter de você, sustentar a dor, o choro e o desespero do paciente. E você lá, ao lado dele, sustentando tudo isso.
Para que depois que ele passe pela dor, pela raiva e pelo medo, ele possa produzir para ele uma alternativa para lidar com esses sintomas.
Se você não o sustentar até esse lugar, ele nunca vai poder inaugurar para ele um jeito novo de funcionar. Sustente a raiva, a dor e o medo do seu paciente até que ele possa inaugurar algo novo para si. Eu sei que é difícil, mas é necessário.
Como você lida com os confrontos no consultório, terapeuta? Sustenta todos eles? É difícil para você? Conta aí nos comentários e vamos trocar nossas experiências na clínica.
Bjpro6
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