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Seu paciente pode perdoar, mas ele não precisa


Apesar de sermos terapeutas, muitas vezes carregamos com a gente conceitos morais advindos de outras formações. Como, por exemplo, o perdão, que é uma ideia cristã.


A ciência nos mostra que quando o paciente perdoa, ele colhe benefícios. Porém, temos que lembrar que não é papel do terapeuta dizer que o paciente precisa fazer alguma coisa, muito menos, perdoar alguém.


O perdão pode ser um caminho violento para alguns pacientes, principalmente, porque alguns sentem que depois que perdoam não podem mais sentir raiva ou falar sobre aquele sofrimento na sessão.


E eles podem acabar usando o perdão como um impedimento para o processo de entrar em contato com coisas difíceis.


O terapeuta tem que ser sábio para ajudar o paciente a entrar em contato com sofrimentos e com os desejos mais profundos, mesmo que esses sejam vistos socialmente como ruins, como a vingança, a raiva, o ódio, e tantos outros sentimentos que são aliviados pelo perdão.


O perdão pode ser um caminho para alguns pacientes, mas não precisa ser um caminho para todos.


E, antes do perdão, nós terapeutas precisamos ajudar o paciente a sentir e a entrar em contato com todas as emoções envolvidas em um processo de perdão.


Para algumas teorias, inclusive, a integração é até melhor que o perdão.


Terapeuta, tenha clareza do caminho que você vai ajudar o seu paciente a trilhar, para que você não acabe produzindo nele ainda mais culpa.


Conta pra mim, terapeuta, como lida com essa questão do perdão com os seus pacientes? Acredita que o perdão traz alívio ou ainda mais dor para os pacientes?


Bjpro6

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