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Foto do escritorCaio Graneiro

Se você não gosta de algo, olhe profundamente para isso


Sempre escuto por aí pessoas justificando todo tipo de restrição afetiva com uma desculpa pra lá de antiga: “o gosto”.


Contudo, as pessoas não se atentam ao fato de o gosto não ser algo natural e sim algo construído.Fruto da nossa formação social, de um processo que leva em conta aspectos culturais, ambientais e pessoais.


E se o nosso gosto é construído por meio de filtros que permeiam a nossa sociedade, é natural que ele reflita a intolerância dela, já que vivemos em uma sociedade machista, racista, homofóbica, transfóbica... e esses preconceitos estão, em maior ou menor intensidade, presentes em nossas escolhas e expressões de afeto.


Mas, não precisamos viver uma vida toda como Gabriela (“Eu nasci assim, eu cresci assim, vou ser sempre assim...”). Se o “gosto” é um processo de construção social, podemos mudá-lo e reconstruí-lo. Apesar de ser um processo difícil, quando encaramos nossos afetos e como expressamos preconceito através deles, podemos desconstruí-lo.


Quando a gente não gosta de algo e não reflete porque não gostamos daquilo, a gente pode estar se privando de uma experiência, estar reproduzindo um preconceito, estar impedindo o nosso corpo de viver coisas que o libertaria e, no fim, a desculpa do “não gosto” é só um jeito da gente se manter na zona de conforto.


Esta semana vamos falar sobre preferências sexuais, como os nossos gostos e escolhas são influenciados por fatores diversos e como podemos nos abrir para novas experiências.


E se você já quiser se aprofundar no assunto, conheça meu curso especial, que aborda justamente essas questões: “Ativo x Passivo – A psicologia das preferências sexuais”.


Só vem!


Bjpro6


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