A gente adora sofrer no presente, mas se cuidar no futuro. E se a gente inverter essa lógica? E se a gente começar a tratar o nosso sofrimento no momento que ele aparece?
Para isso precisamos estar presentes, precisamos olhar para aquilo que está acontecendo conosco. A dor quando ela é ignorada ela cresce e vira sintoma!
A dor não passa, se ela não passa! Se eu não chorar o meu choro, o meu choro não passa! Se eu não sentir a minha dor, ela não passa! Por isso que autocompaixão é muito diferente de ser positivo.
Se eu estou me sentindo triste e ao invés de eu entrar na minha tristeza e deixar a minha tristeza passar por mim, eu colocar uma música feliz e me forçar a ficar feliz, para fingir que eu estou bem, eu vou continuar triste, de novo, de novo e de novo...
Se eu não olhar para isso, não me perguntar de onde isso vem, por que estou assim, como isso tem a ver com a minha história, com os meus aspectos sociais, com a minha família... eu não vou ser capaz de passar pelos meus sofrimentos.
É importante pensar: Está bem difícil agora, não sei se vai estar difícil amanhã, como eu me cuido agora? Como eu respondo ao meu sofrimento no presente? No agora?
A demanda do autocuidado tem que ser respondida no presente. Autocuidado que não se manifesta no presente, não é autocuidado.
Eu estou muito cansado hoje, uma segunda-feira, aí eu falo: “ah, no sábado eu descanso...”. Mas, eu nem sei se estarei vivo até sábado!
Toda vez que você responder a sua necessidade de autocuidado empurrando para o futuro, você não está tendo autocompaixão, porque a autocompaixão tem a ver com a atenção plena, aqui e agora! Então, vamos fazer assim: deixe para se odiar amanhã, hoje você se cuida!
Conta pra mim aqui nos comentários você cuida da sua dor no presente? Ou você fica empurrando e prometendo autocuidado para o futuro, que nem sempre chega?
Que tal se odiar amanhã e se cuidar hoje?
Bjpro6
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