Os gays e a relação com as drogas

Infelizmente, o uso excessivo de drogas pelos homens gays não é mais uma falácia que espalham por aí. É um fato comprovado por meio de pesquisas sérias.

Existem, inclusive, substâncias conhecidas como “drogas gays”, como a poppers. Ela é inalada e seus ingredientes químicos relaxam vasos sanguíneos e músculos, funcionando como um anestésico e facilitando o sexo.

Mas, por que muitos homens gays têm esse comportamento de uso excessivo de drogas? Para além de ajudar ou melhorar a qualidade do sexo, os motivos estão ligados a questões mais profundas.

Como a busca por pertencimento. Quando o homem se insere em contextos gays, descobre que o uso de drogas é comum e em uma tentativa de se encaixar, de pertencer a algum grupo, começa a utilizar e, mais ainda, a naturalizar aquele comportamento de se entorpecer.

Também pode estar vinculado a uma experiência de transgredir com os transgressores. “Eu me sinto culpado e um pecador por ser gay e estar no meio de outros ‘pecadores’ alivia a minha sensação de estar errado”.

Outro motivo é a sensação de integração trazida pela droga, ou seja, quando o homem gay está entorpecido ele tem “coragem” de experimentar e viver desejos e fantasias que não se permitiria sem o uso da droga.

Como algumas drogas rebaixam a autocrítica e o julgamento moral, o homem gay se sente mais livre e mais integrado para, por exemplo, ser ativo/passivo, participar de uma orgia ou paquerar alguém...

O uso das drogas também é maior na comunidade gay, já que a repressão social vivida pelos gays é mais intensa. Assim, as drogas funcionam como um anestésico contra todo o julgamento, preconceito e violência que os gays sofrem em seu cotidiano.

O uso excessivo de drogas pelos homens gays não é um tema frequentemente abordado, mas é real, existe e temos que jogar luz sobre ele para entendermos as razões e encontrarmos caminhos e soluções.

Tem alguma experiência com o uso de drogas (seja ela uma substância química ou não)? Se quiser compartilhar sua experiência aqui na página, vamos conversar. Seu relato pode ajudar outras pessoas.

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