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Foto do escritorCaio Graneiro

O erro no calendário da criança lgbt


A partir dos 14, 15 anos, quando entramos no terceiro setênio, começamos a perceber a realidade do mundo, que sim existe maldade, que sim existem coisas ruins no mundo, que nem todo mundo é bom, que as pessoas têm defeito...


Porém, para a maior parte dos meninos gays essas descobertas começam bem antes, já no segundo setênio. Quando o menino gay deveria estar se encantando e descobrindo o mundo, ele já está vivendo um mundo real e, muitas vezes, cruel.


Enquanto a maioria das crianças que tiveram um desenvolvimento heteronormativo estão preocupadas em dançar, brincar, jogar futebol... o menino gay está preocupado em pertencer ao mundo de um jeito que o mundo o aceite.


E essa preocupação de como se adequar, de pensar como pertencer socialmente, só deveria acontecer lá na adolescência.


Infelizmente, tem um erro de calendário no desenvolvimento do menino gay, que já está cuidando de existir, enquanto deveria estar cuidando apenas de assimilar o mundo.


Por isso que a gente vê tantas distorções do que é belo na comunidade gay. Tem um monte de homem se matando, se enchendo de medicação para ficar magro ou mais bonito, ou mais malhado...


Claro que não podemos voltar no tempo e viver tudo de novo no tempo certo, mas a gente pode olhar para trás e colocar as coisas nos seus lugares e ter clareza do que vivemos.


E, principalmente, compreender que se fomos negligenciados, impedidos, mutilados, rejeitados na nossa infância e adolescência, a culpa não é nossa!


Grande parte das nossas questões emocionais vêm disso. Além de tudo que foi tirado da gente, ainda assumimos uma culpa que não é nossa, que não nos pertence.



Muitos de nós, vivemos em um mundo real e, muitas vezes, cruel, quando a gente deveria estar apenas brincando e descobrindo as belezas do mundo.


Você lembra na sua infância, entre os seus 7 e 14 anos, de já se preocupar em esconder coisas que você gostava de fazer ou de brincar, com receio de algum coleguinha te zoar? Ou com medo dos seus pais te repreenderem? Conta aqui nos comentários e vamos trocar experiências.


E se você é um homem gay que quer entender melhor como as questões vividas na sua infância influenciam quem você é hoje, a minha Comunidade Gays Conscientes é um espaço terapêutico que pode te ajudar.


Bjpro6


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