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O amor ao fato no dia a dia da clínica


Existem os fatos e as interpretações dos fatos! Os fatos serão sempre os fatos, porém um mesmo fato pode ser interpretado diferentemente por diversas pessoas. E nessas interpretações muito do fato pode se perder e se modificar.


A interpretação que o paciente faz do fato é importantíssima, mas antes de trabalhar o que ele "interpretou" nós devemos perseguir e entender o que de fato ocorreu.


Quando perseguimos o fato, nos afastamos da tentação de “tomar partido”. Não tem como saber do que se trata o sofrimento real do paciente sem entender o fato de forma neutra.


Faça uma investigação objetiva. Antes de perguntar ao paciente sobre seus sentimentos, temos que ajudá-lo a ter uma visão clara do que ele está contando.


Às vezes, a simples ação de perseguir o fato concreto junto com o paciente já é terapêutico para que ele consiga enxergar seu próprio enrosco.


Mas, isso exige que nós terapeutas tenhamos coragem para sustentar e diferenciar o fato da interpretação, afinal, muitas vezes o paciente tem apego a sua interpretação, que está ligada ao seu sintoma.


Ajude o seu paciente a olhar francamente para o fato, não para o julgamento moral ou expectativas sociais ao redor dele.


Seja para o seu paciente uma pessoa confiável, que está comprometido em ajudá-lo a ver a realidade, e não mais uma pessoa a "comprar" as fantasias dele.