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Nas consequências do brincar impedido na criança LGBT


O período que vai dos 7 aos 14 anos, ou seja, o segundo setênio do desenvolvimento da criança, é uma fase de experimentação, que a criança está aprendendo e descobrindo o mundo. Seu olhar artístico está mais aguçado, ela dança mais, brinca mais.


De acordo com a psicanálise, o instinto de brincar é um dos mais importantes, porque é o que permite que a criança experimente suas habilidades na vida. E é aí que os meninos gays começam a ser impedidos de experienciar o mundo.


Muitos são proibidos de participar de certas brincadeiras, ou de brincar com certos tipos de brinquedo, muitas vezes, considerados como “de menina”, ou porque são brinquedos “bobos”...


E essas proibições do brincar vão limitando o menino gay de viver uma porção de experimentações sociais, afetivas, simbólicas, criativas e de várias ordens, que vão tolhendo nesse menino uma experiência de ‘Eu’.


Ele não pode testar essas coisas no mundo e isso vai, literalmente, deturpando a experiência completa desse menino. O que os pais acreditam ser um ato pedagógico para com os filhos é, na verdade, uma mutilação.


Então, esse menino que está sofrendo com esses impedimentos começa a viver um processo de compartimentalização. Ele começa a esconder e a “levar para o armário” partes daquilo que ele é.


Ele entende que até pode fazer aquele desenho, desde que o mantenha guardado. Ele até pode dançar Rouge, desde que o pai não esteja vendo. Ou ele até pode assistir Chiquititas, desde que ninguém saiba que ele assiste...