Por muitos anos da minha vida eu tentei não ser eu, vivi fugindo de quem eu era. E posso dizer, com propriedade, a reflexão do Psi Confronta de hoje.
Eu fui criado por pais evangélicos, dentro da igreja e para ser pastor. Por muito tempo me senti uma fraude, abdiquei da minha sexualidade e tive muito medo de ser rejeitado pelos meus amigos e familiares.
Eu era alguém bem impotente, escondido, bem dentro do armário. Até que fui avançando e lá pelos meus 20 anos decidi que eu tinha que ser alguém de verdade. Que não era justo comigo, nem com a minha história, que tivesse uma vida inteira de mentira.
Quando eu me assumi gay, eu passei a abraçar aquilo que era eu, a minha espontaneidade, a minha coragem de ousar, em ser diferente. Me assumir gay e ter orgulho de mim passou a ser uma grande força.
Se eu fui rejeitado? Claro que sim! Perdi amigos e familiares, foi um momento muito difícil. Mas, depois de um tempo, as pessoas que me amavam de verdade, retornaram. E, o mais importante, fiz muitos amigos, descobri pessoas incríveis, que estavam dispostas a me amar como eu era. E foi a primeira vez que me senti amado de verdade.
Nesse processo, fui descobrindo que me assumir gay era assumir também coisas que eu levei para o armário, porque achava que eram “coisas de viado”, como tocar piano, compor músicas, pintar, escrever poesias...
Eu não conheço a sua história, não sei dos seus medos e receios. Mas, quero dizer que há uma força em ser quem a gente é, há esperança, há também prazer e há muita vida. Quero com essa reflexão te incentivar a hastear a sua bandeira, a ter orgulho das suas cores e a não se envergonhar mais de quem você é. A sua potência e a sua força estão na sua verdade!
Espero que minha história possa ajudar positivamente alguém que esteja vivendo no armário, ou parcialmente dentro dele e ainda tem dúvidas se vale a pena chutar essa porta e viver aqui fora.
E se quiser conferir se está totalmente fora do armário, tem esse teste bem bacana: “Você está mesmo fora do armário?”.
Bjpro6
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