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Foto do escritorCaio Graneiro

Não alimente o vício em aprovação do seu paciente


Muitas vezes, no consultório, o terapeuta pode acabar caindo na tentação de aprovar o seu paciente.


Aquele paciente que todo mundo o acha “dramático” e o terapeuta é o único que o entende. Ou o paciente que não tem nenhum amigo e o terapeuta é o único que está ao lado dele.


O consultório deve ser um laboratório para o paciente experimentar novas maneiras de existir de forma real. Se você ficar aprovando o seu paciente em coisas que ninguém mais o aprovaria, você não está ajudando-o a existir de um jeito saudável no mundo fora do consultório.


Por exemplo, se o paciente faz perguntas inadequadas para você, possivelmente, também faz para outras pessoas, só que os outros, simplesmente, rompem com ele, e o terapeuta fica porque é pago para compreender e ajudar, mas não para aprovar o paciente de forma inorgânica.


O que o terapeuta deve fazer é ficar de olho para que o paciente consiga inaugurar novas formas de funcionar, que faça com que ele realmente consiga ser aprovado por aquilo que ele é.


Então, se o paciente tem sido muito “dramático”, o terapeuta deve ajudá-lo a reconhecer o seu drama e inaugurar novas formas de funcionar e não ficar “acolhendo” o seu drama como se isso não fosse um mecanismo de defesa.


É função do terapeuta ajudar esse paciente a se preparar para existir no mundo de forma autêntica, para que ele receba aprovação por aquilo que é autêntico e não para que ele seja um pedinte de atenção.


Terapeuta, resista a tentação e ajude o seu paciente a construir formas autênticas de ser aprovado.


Terapeuta, conta pra mim, é difícil resistir a tentação de aprovar o seu paciente? Mais alguma dica da melhor maneira de ajudar o paciente a inaugurar novas formas de funcionar no mundo real? Coloca aí nos comentários e vamos trocar ideias e vivências.


Bjpro6


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