Mesmo sem querer, você reproduz o modelo do seu pai

Já comentei em posts anteriores que a relação com o nosso pai é um molde, uma espécie de matriz inaugural das nossas relações com outros homens.
E em muitos casos, os meninos gays acabam se tornando o próprio pai. Eu explico: tem um conceito interessante do Freud, que diz que “Se eu não posso ter, eu posso ser”. Ou seja, eu tento ter o amor do meu pai de tudo quanto é jeito, não consigo e aí me torno como o meu pai.
Aí você pode me dizer: “Mas Caio, eu não tenho absolutamente nada a ver com o meu pai”. Será mesmo?
Se o seu pai traía a sua mãe com todo mundo e você também trai seus namorados, ou está com um boy e já paquerando o próximo. Esse é você reproduzindo o modelo do seu pai.
Se o seu pai tratava a sua mãe como uma empregada e você quer que o seu namorado esteja sempre ao seu dispor e que faça tudo o que você quer. Esse é você reproduzindo o modelo do seu pai.
Se seu pai era workaholic, chegava em casa tarde e queria que sua mãe estivesse esperando por ele e você trabalha que nem um louco, nunca tem tempo, mas quer os contatinhos a disposição. Esse é você reproduzindo o modelo do seu pai.
Os exemplos são muitos. Mas, em todos eles somos nós não podendo ter o nosso pai, nos tornando o nosso pai, reproduzindo essas atitudes, sem nem percebermos.
Nosso pai é nosso modelo, mesmo que seja um modelo que a gente queira se distanciar. Mas, acima de tudo é um modelo que pode ser