Quando falamos em raiva, quase que automaticamente pensamos nesse sentimento que deixa a gente bravo, irritado, que nos faz ter reações explosivas, que nos prepara para o ataque, para a briga mesmo.
Mas, hoje quero trazer para vocês o conceito de raiva da neuropsicanálise, que divide esse instinto em raiva quente e raiva fria. A quente é essa de querer avançar, bater, destruir... Pensa em um cachorro raivoso ou no leão que vai atrás da sua presa.
Já a raiva fria está ligada ao instinto de busca. Por exemplo, quando o seu irmão mais novo te assusta e aí você vai lá e planeja a sua vingança para assustá-lo de um jeito ainda pior.
O prazer da raiva fria se dá enquanto você está planejando, preparando, pensando na vingança. E o prazer da raiva quente está ligado à execução, à explosão, ao ato de ir lá e resolver.
E enquanto você não resolve ou não executa, você fica angustiado. Pensando em autoconhecimento, quando estou diante de algo que eu quero e tem alguma coisa me impedindo, isso aumenta a minha sensação de frustração.
Quando a gente começa a olhar para gente e reconhece um sentimento de frustração, pode procurar que deve haver ali uma raiva, algo que foi impedido de acontecer.
Um exemplo comum: o seu chef é grosso com você no trabalho, você sente o impulso da raiva, mas se cala. Aí você chega em casa frustrado pensando que odeia o seu trabalho, quando na verdade essa frustração aparece em resposta a sua impossibilidade de executar a sua raiva.
“Então, Caio você está falando que eu tenho que sair por aí usando a minha raiva?” Estou! Porque usar a raiva não é, necessariamente, algo ruim. Tem maneiras de a gente fazer que não precisa ser de forma violenta.
No exemplo do chefe, talvez dizer o que está pensando de um jeito cuidadoso. E, às vezes, tem que dizer sem ser muito cuidadoso mesmo, porque aquela situação pede que você permita que a tua raiva passe.
Então, é importante a gente poder olhar para a nossa raiva, reconhecê-la e saber que se a gente não dá vazão para ela, a gente vai se frustrar e ficar impedido do prazer da resolução que a raiva traz.
E aí? Aprendeu alguma coisa diferente sobre a raiva? Conta pra mim aí nos comentários.
Bjpro6
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