Muitas pessoas têm a memória de quando criança gostarem de ficar doentes, elas lembram que recebiam cuidado maior, a mãe fazia a comida preferida, elas tinham mais atenção e afeto.
Algumas pessoas lembram até com carinho dos momentos em que ficavam doentes, como se recebessem mais amor, como se a mãe e o pai fossem mais cuidadosos.
Mas, será que isso realmente é afeto? Por que será que para a criança poder receber afeto, colo, carinho, a comida preferida, ela tem que ficar doente? Será que isso não representa justamente uma negligência?
A criança não deveria receber isso sempre? A preocupação com a comida que ela mais gosta, com tempo de qualidade de convivência, com o colo e o afeto não deveriam ser um cuidado todo o tempo?
Quantas crianças achavam que gostavam de ficar doentes quando, na verdade, o que elas gostavam era de receber o afeto e a atenção que os seus pais deveriam dar sempre?
E algumas pessoas acabam perpetuando esse comportamento na vida adulta. Têm namoros, relacionamentos secos, com aridez de afeto, e enxergam na doença a chance de receber algum carinho, algum afeto de seus parceiros.
A gente precisa parar de romantizar o cuidado quando a pessoa está doente e começar a normalizar o cuidado e o afeto sempre, contínuos. Você não tem que ficar doente para receber afeto, carinho, atenção e cuidado. Você tem direito a receber isso sempre!
Se você está em uma relação que precisa que você fique doente, que você fique sem forças para conseguir ter o que você devia ter sempre, talvez, seja o momento de repensar suas relações, inclusive, a sua história. Não chame de afeto uma história de negligência que, talvez, você esteja até repetindo.
E se você tem dificuldade em construir experiências afetivas, a terapia pode te ajudar. Se precisar de indicação de um bom profissional, deixa um “eu quero” aqui nos comentários que te envio mais informações.
Não se esqueça que você não tem que ficar doente para receber afeto e atenção. Você tem direito a receber isso sempre!
E se precisar de ajuda para construir experiências afetivas, a terapia é um caminho. Precisa de indicação de um bom terapeuta? Deixa um “eu quero” aqui nos comentários que te indico um bom profissional, que acompanho de perto.
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