Mais de 10 anos após o levante no Ferro’s Bar, no dia 19 de agosto de 1983, conhecido como “o pequeno Stonewall brasileiro”, que deu origem ao Dia do Orgulho Lésbico, as mulheres lésbicas ainda demandavam visibilidade e respeito.
Nascia assim, no dia 29 de agosto, o Dia da Visibilidade Lésbica, uma referência à realização do primeiro Seminário Nacional de Lésbicas (Senale) realizado no Rio de Janeiro, em 1996.
Em 2012, a ONU Mulheres reconheceu a importância da data “para que o movimento homossexual se comprometesse com a causa do lesbianismo”.
Dois anos mais tarde, o Senale passou a se chamar Senalesbi, garantindo a inclusão de mulheres bissexuais.
A data tem o objetivo de denunciar o histórico apagamento das vivências e do trabalho feito pelas mulheres lésbicas, além das violências psicológicas, simbólicas, físicas e econômicas sofridas em todos os espaços da sociedade.
Essa invisibilização das mulheres lésbicas é resultado, principalmente, da lesbofobia, que se manifesta de muitas maneiras, desde o não reconhecimento das relações afetivas, passando pela hipersexualização dos corpos lésbicos...
Até a negligência na área da saúde e atos mais extremos como o estupro corretivo e o lesbocídio. De acordo com o Dossiê do Lesbocídio, documento desenvolvido pelo Núcleo de Inclusão Social da UFRJ, entre 2014 e 2017, ao menos 126 lésbicas foram assassinadas no Brasil.
É por estatísticas tristes como essa e tantos relatos de preconceito e discriminação, que a data e a luta das mulheres lésbicas continuam sendo de extrema importância.
Especialmente para dar visibilidade, reivindicar respeito, propiciar o debate em diversas áreas da sociedade, além de normalizar a existência lésbica.
Pessoal, o post de hoje é para demonstrar todo o meu respeito e apoio à luta das mulheres lésbicas, que se empenham todos os dias para serem respeitadas e terem as suas dores ouvidas.
Só vamos modificar a sociedade em que vivemos se lutarmos, e se lutarmos juntos!
Bjpro6
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