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Foto do escritorCaio Graneiro

Como abordar a infância do paciente gay


O homem gay costuma ter uma infância complicada, porque quando criança ele ainda não tem o desejo sexual, mas já se sente diferente.


E esse sentimento de inadequação é constante, mas ele não sabe exatamente o que deve fazer para ser considerado “normal” e típico.


Por isso, é importante perguntar ao paciente como foi a infância, se ele tinha algum apelido na escola, se sofria bullying...


Porque essas vivências doloridas geram um processo que pode destruir a autoestima da criança e continuar refletindo em uma baixa autoestima no adulto.


Também é importante observar o sentimento de culpa. Na infância, ele não sabe bem o porquê, mas se sente “errado” e essa “culpa” pode o acompanhar na vida adulta.


Falar sobre os pais também faz parte do processo, já que muitas vezes os pais fingem que não enxergam e ignoram o fato do filho ser “diferente”.


De maneira geral, os pais escondem socialmente e têm medo até de falar sobre o assunto, o que faz com que a criança se sinta ainda mais insegura e culpada.


Ajudar o paciente a ter contato com toda essa experiência, o ajuda a entender também o que ele acabou levando para “dentro do armário” e o que ficou guardado nesse processo de compartimentalização.


Pesquisas apontam que os gays estão saindo do armário cada vez mais cedo. Cerca de 4 anos antes do que na década passada. Antes, costumavam sair no final da adolescência e início da fase adulta. Agora, já está acontecendo no meio da adolescência.


E observar e cuidar de todos esses pontos é importante para que o homem gay tenha uma vida adulta com menos traumas e inseguranças.


Se tiver mais algum ponto a acrescentar, terapeuta, compartilha nos comentários e vamos refletir juntos sobre essas questões.


Lembrando que estou disponibilizando a “Aula de Compartimentalização”, que fala sobre esse universo que envolve a infância do homem gay e as consequências na vida adulta. Vai lá dá uma olhada, é gratuita!


Bjpro6

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