É crescente o número de obesos no Brasil. Uma pesquisa do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), realizada ao longo de 2016, aponta que a proporção de adultos com excesso de peso aumentou de 46,5% para 53,7%, um crescimento de 15,5%, na comparação entre 2008, quando o estudo foi feito pela primeira vez. O experimento foi feito com 53.210 pessoas em todas as capitais e no Distrito Federal.
A enfermidade abre portas para outros problemas, como aumento dos diabetes e hipertensão, além de alguns tipos de câncer. Mas não só apenas enfermidades físicas as pessoas com sobrepeso estão sujeitas, mas também problemas psicológicas, sugere uma publicação.
O cenário não é um fenômeno isolado em nosso país. Nos Estados Unidos, a questão é eminente e duas disciplinas estão sendo relacionadas para tentar explicar os casos: a nutrologia e a psicologia: a chamada psicologia nutricional.
Segundo um artigo do Jems - Journal Of Emergency Medical Services, a junção é emergente na comunidade científica. Recentemente, um estudo mostrou que uma dieta mediterrânea comparada com a dieta ocidental pode reduzir o risco de depressão, mostrando uma correlação entre nutrição e saúde mental.
É utilizado várias referências citando o mecanismo biológico através de estudos de meta-análise e observacionais concluídos nos últimos anos, incluindo um experimento que ilustrou um menor risco de depressão quando uma dieta mediterrânica foi seguida.
Todo o ser humano carrega consigo bactérias que vivem no estômago, que são sensíveis aos alimentos ingeridos. Alimentos que promovem o crescimento dessas bactérias, fazem com que o sistema digestivo produza moléculas. Quando não há cuidados na microbiota do corpo, há um declínio em muitas dessas moléculas. E então muitas destas substâncias produzidas no trato gastrointestinal (GI) têm uma função diretamente relacionada ao humor do indivíduo.
Estudos citados no artigo apontam que a falta dessas moléculas pode levar ao aumento da ansiedade e depressão entre animais e humanos.
A publicação aponta ainda que dietas como a mediterrânea e outras não-ocidentais são ricas em antioxidantes, componentes anti-inflamatórios e moléculas de ômega-3, que desempenham um papel na saúde intestinal.
A relação entre a psicologia e a nutrição tem ficado cada vez mais estreita, sugiro esse outro texto "segredos psicológicos para emagrecimento" para ler mais sobre essa relação.
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